O Hotel Saint-Louis Sun, localizado na rua Felix Faure, número 68, foi o local escolhido pela organização do Festival para os dias que passamos em Dacar. Como chegamos à noite, fomos direto para os quartos que foram reservados para nós. Nossa professora ficou num quarto e nós três, num outro com três camas de solteiro. Os quartos eram bem limpos e muito organizados, entretanto uma certa angústia começou a tomar conta da gente.
O novo quarto era bem amplo, com um banheiro espaçoso e quadros e pinturas espalhados por suas paredes. Aliás, pinturas bem representativas do povo e dos hábitos locais. Eram figuras enormes com vestimentas coloridas. Penso que a saudade de casa e o silêncio da rua e do hotel contribuíram para que começássemos a ficar impressionados com as pinturas. Tínhamos a sensação de que os homens e mulheres das pinturas nos perseguiam com os olhos. Márcio era o mais apavorado. Nesse momento decidimos bater à porta do quarto da Profª Nádia e pedir que ela viesse dormir no nosso quarto. Já tínhamos acertado tudo: ela ficaria numa das camas e nós três, nas outras duas. O aperto foi só uma noite, pois no dia seguinte arranjaram um outro quarto bem mais amplo, com quatro camas de solteiro. Nossa professora nos confessou que também estava com um pouquinho de medo, pois a porta do seu quarto não oferecia muita segurança.
O café da manhã era tomado ao ar livre, em mesas com guarda-sol. Plantas cercavam o pátio interno e nas paredes externas do andar térreo, pinturas, muitas pinturas. No café da manhã nos ofereciam chocolate ou café com leite. O açúcar era em tabletes. O pão de bisnaga era quentinho. A manteiga e a geleia da França. E o croissant ... que delícia!
Fizemos muitas amizades e um deles que não sairá de nossa memória é Pierre Charles, o maître do restaurante que funciona no hotel. Ele sempre nos dava boas sugestões na hora do jantar. Aliás, a culinária francesa era excelente: a entrada, o prato principal e a sobremesa. Lagostin, crevettes, poulet, frites, banane flambée, glace foram alguns pratos saboreados durante os dias que passamos em Dacar.
Annie Coly- Babacar e o kora
Recepcionistas, proprietário, camareiras, porteiros, garçons, todos muito solícitos e carinhosos com a gente. Nossa professora ganhou lindos cordões de uma das camareiras.
Guardaremos ótimas lembranças do Hotel. Muitos momentos bem divertidos.
Um comentário:
Nós achamos essa viagem super 10! Vimos de tudo um pouco, sem contar dos belos pratos coloridos e das caras maravilhosas que eles estavam. Também percebemos que o Márcio é muito guloso e que lá, no Senegal, eles usam roupas bastante coloridas e que sempre usam roupas tampando quase o corpo todo. Na nossa opinião os nossos amigos e professores estão de parabéns.
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