Fomos acompanhados por Anta, pessoa indicada pelo Ministério da Cultura e da Educação do Senegal, na visita à Ilha de Gorée, um dos principais pontos turísticos de Dacar. Essa Ilha fica a 4 km e a 20 minutos de “chaloupe” de Dacar.
A viagem é bastante agradável. Um vento muito forte que nos obrigava a todo momento a procurar um cantinho para nos aquecer. 
No cais, percebemos as construções: à direita, uma grande fortaleza se destacava 
e à esquerda, uma grande praça e pequenas ruas que seriam percorridas por nós em direção à Maison des Esclaves, que em português significa “Casa dos Escravos”, que guarda lembranças dos tempos de escravidão.
Lá, o mercador de escravos morava com sua família na parte de cima da casa e na parte de baixo, agrupava os escravos, de acordo com o físico, idade, sexo, etc. Fomos acompanhados nessa visita por um guia local, uma figura bastante interessante. Em alguns momentos, ficamos muito emocionados e impressionados pelas histórias contadas pelo guia. Muitas famílias foram separadas nessa época.
Percorremos algumas ruas, bem estreitas, chão com pedras e terra. As casas bem antigas - e com um colorido bastante uniforme – nos leva a um tempo bem diferente do nosso. Baobás e bougainvilles são comuns na ilha.
Nesse dia, a Ilha de Gorée estava em festa. Os habitantes do lugar festejavam o resultado das eleições municipais. E por toda parte, grupos se formavam e marcavam esse momento com muita música e dança. Um som não muito diferente do que estamos acostumados a ouvir na Bahia. Mulheres e crianças dançavam o “sabar”, uma dança tipicamente senegalesa. O ritmo era tão contagiante que até a nossa professora ensaiou alguns passos.
Um comentário:
Casa dos escravos, um lugar triste.
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